A Psicopatia é um tema que desperta a curiosidade das pessoas, mas é preciso cuidado, pois é cheio de mitos e inverdades.
A palavra “psicopatia”, vem do grego “psyché” (alma) e “pathos” (enfermidade, doença). É um transtorno de personalidade que atinge de 1% a 3% da população mundial.
Os filmes e séries normalmente retratam pessoas com este transtorno de forma bastante sensacionalista, como indivíduos incontrolavelmente maus, capazes de cometer assassinatos e atrocidades, como se isso representasse a maioria das pessoas com psicopatia.
Mas a realidade é significativamente mais sutil. Inclusive, a palavra “psicopatia” não deve ser usada como sinônimo de violência ou de crimes.
Na verdade, embora possam apresentar padrões comportamentais peculiares, caracterizados pela natureza invasiva de desrespeito e violação dos direitos e espaços dos outros, a maioria das pessoas com psicopatia consegue demonstrar emoções superficiais, podendo até serem carismáticas, inteligentes e sedutoras, sem serem necessariamente violentas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a psicopatia é caracterizada por comportamentos que desprezam as obrigações sociais, baixa tolerância à frustração, tendência a culpar os outros ou negar explicações sobre o comportamento que os leva a entrar em conflito com a sociedade.
Pela capacidade reduzida de processar as emoções – que podem ser facilmente ignoradas quando se tornam empecilhos para atingirem um determinado objetivo – as pessoas com psicopatia dificilmente se interessam em iniciar espontaneamente um processo de terapia.
Mas é importante destacar que a psicoterapia pode ser muito proveitosa, para que aprendam a desenvolver empatia, autocontrole e habilidades interpessoais mais saudáveis. Isso contribui para uma melhoria na qualidade de vida e no comportamento, permitindo uma rotina social e familiar mais saudável, que leve em conta as próprias necessidades, mas sem ignorar os limites e as necessidades do outro.