“Amanhã”. “Na segunda-feira”. “No ano que vem”. “Quando passar esse calor”. “Quando eu me formar”. “Quando eu me aposentar”.
Parece que vivemos sempre à espera do “momento perfeito” para começarmos os projetos que tanto desejamos, não é? Temos o hábito (compreensível, é verdade) de usar as mudanças de ciclo (um aniversário ou a chegada do Ano Novo, por exemplo) para marcar o “momento zero”, a hora de sair do terreno dos sonhos e colocar os planos em prática.
Não há problema nisso, desde que tenhamos em mente que o momento perfeito, na verdade, não existe. No dia seguinte ao Ano Novo, ao aniversário ou à formatura, a vida apresentará novas dificuldades, que voltarão a tornar o momento imperfeito e desafiador.
A mudança de ciclos pode até ser um “empurrãozinho”, mas é a nossa própria insatisfação, nossa disposição em fazer diferente, que deve ser o maior propulsor das mudanças.
Recomeçar depende de nos sentirmos dispostos a mudar, a sair da zona de conforto e deixar o passado no passado, criando espaço para que o novo floresça. Precisamos nos munir de novas posturas, novas coragens e da certeza de que somos capazes de realizar mudanças significativas, que nos assegurem que, “desta vez, vai”!
A psicoterapia tem um papel importante nesses momentos de grandes mudanças. As sessões ajudam a nortear o olhar que dedicaremos a nós mesmos, nos fazendo crescer emocionalmente e nos tornando capazes de estabelecer comportamentos e padrões de pensamento que nos levem aonde pretendermos chegar.
Mudanças, até mesmo as emocionais, exigem disciplina e empenho. Por isso, é importante termos metas e expectativas realistas. Não é preciso desejar ser completamente diferente de quem você é, por exemplo. Mudar, algumas vezes, significa simplesmente aceitar algo em você, ou fazer pequenos ajustes.
Todo movimento feito no sentido de nos deixar mais felizes, é válido. O importante é dar o primeiro passo e persistir – com data marcada ou não.