Don Juan é um personagem da literatura espanhola, muito famoso por sua grande capacidade de sedução. É um símbolo que inspirou o mundo das artes, por meio de livros, filmes, peças teatrais, pinturas e músicas.
Embora a “Síndrome do Don Juan” não seja uma síndrome clínica propriamente dita, usa-se este termo para descrever um padrão de comportamento específico, de pessoas com forte compulsão para a sedução. Inclusive, essa não é uma característica exclusiva do sexo masculino; muitas mulheres também exibem esse traço de personalidade.
Ainda que possa haver algum interesse sexual nas conquistas, o grande prazer de uma pessoa com esse padrão de comportamento está no processo da conquista, em si – e nos sentimentos que ela é capaz de produzir no outro.
Geralmente são pessoas com comportamento narcisista: buscam, em primeiro lugar, seu próprio prazer, com conquistas amorosas, sedução e encantamento, mas com pouca capacidade de se comprometer emocionalmente.
Quem age assim, pode experimentar um vazio emocional profundo e uma sensação de insatisfação constante, pela necessidade permanente de novas conquistas. E, não surpreendentemente, pode também ter um histórico de muitas pessoas profundamente magoadas em sua vida.
O acompanhamento psicológico ajuda a explorar as causas desse padrão de comportamento, como traumas emocionais, problemas de autoimagem, necessidade de validação pelo outro ou dificuldades de apego e envolvimento emocional.
Da mesma forma, a terapia pode ajudar quem costuma sentir atração por esse tipo de pessoa e de comportamento, geralmente vivenciando ciclos de intenso encantamento, seguido por grandes mágoas, com prejuízos à saúde emocional e à autoestima.
A psicoterapia nutre o autoconhecimento, o desenvolvimento da empatia e a capacidade de estabelecer relacionamentos mais estáveis e afetuosos, sem espaço para os jogos emocionais nocivos, que fazem da relação um meio para satisfazer uma pessoa só.