Independente dos pequenos conflitos e discussões, típicos de qualquer relação que envolva a convivência diária, as famílias deveriam ser sempre os laços mais sólidos e valiosos que uma pessoa possui… Mas, infelizmente, isso não é verdade para todos.
A família é a primeira referência de relacionamento que temos em nossas vidas. Imagine, então, como são nocivos os efeitos de viver em uma família com relações tóxicas, que têm como parte da rotina os comportamentos agressivos, mentiras, chantagens, manipulação, diálogos acusatórios, bullying, entre outros.
É inevitável que ambientes assim gerem ressentimentos e danos psicológicos importantes aos envolvidos. Entre eles estão a baixa autoestima, a dependência emocional, transtornos de personalidade e a formação de pessoas muito críticas, ansiosas e até depressivas.
Para quebrar esse ciclo de toxicidade, é preciso, antes de tudo, aprender a reconhecê-lo – o que pode ser um desafio, especialmente quando a toxicidade é mais sutil e não envolve, por exemplo, a violência física. É preciso reconhecer, inclusive, que esses ciclos abusivos podem existir, mesmo entre familiares que se amam, mas que são pouco hábeis na forma de se relacionar.
Ao detectar que você faz parte disso, é muito importante buscar ajuda. A psicoterapia oferece acolhimento e promove o seu fortalecimento emocional, criando estratégias que ajudem a lidar com dinâmicas familiares não saudáveis e propondo mudanças de pensamento e comportamento que conduzam a relações mais leves e equilibradas.
Estabelecer limites claros, saber dizer “não”, parar de sentir ou de atribuir culpas indevidas e até mesmo sair do lugar passivo de vítima costumam quebrar o ciclo tóxico, permitindo que você construa novas formas de convívio mais saudáveis e respeitosas, com aquelas pessoas que, mais do que serem próximas, podem ser também mais amorosas.