Muito se fala em padrões mentais, mas nem todos sabem exatamente do que se trata. Em linhas gerais, eles são a forma como cada pessoa percebe o mundo; a maneira como pensamos e sentimos com base nas experiências que já vivemos.
À medida que o tempo passa, cada um de nós estabelece suas próprias crenças, ou padrões mentais, sobre quem somos, sobre as relações afetivas, familiares, sobre as finanças, o trabalho e assim por diante. Alguns desses padrões nos impulsionam, enquanto outros nos limitam, como “armadilhas” psicológicas, que condicionam negativamente nossas ações, decisões e escolhas.
Um padrão mental se forma com a repetição de situações, sentimentos e pensamentos. É como um hábito: é algo que se aprende, intencionalmente ou não.
Pessoas que ouvem muitas críticas na infância, por exemplo, podem criar um padrão mental que as torne inseguras, por acreditarem que estão sempre abaixo do esperado. Já as que foram elogiadas e receberam reforços positivos tendem a ser esperançosas e mais confiantes.
Essas construções podem “modelar” a vida e os comportamentos por muitos anos. Por exemplo, pessoas que habitualmente apresentam dificuldades em relacionamentos podem ter vivenciado situações instáveis ou até traumáticas, mesmo que sutis, levando a um padrão mental limitador nessa área.
Mas padrões mentais não são necessariamente estáticos. A psicoterapia, por exemplo, pode ajudar muito na construção do autoconhecimento, que leve a um maior controle das reações, à quebra das crenças limitantes e à modificação de padrões mentais, gerando formas mais positivas de pensar, sentir e agir.
Nossos padrões mentais fazem toda a diferença na qualidade de vida e na visão que temos do mundo, das pessoas e das relações. Definitivamente, “pensar melhor” ajuda a viver de forma mais equilibrada e mais feliz – e é algo que pode e merece ser treinado, como qualquer outro hábito positivo para sua vida.