Quando o objetivo é perder peso, a primeira coisa que vem à mente é a necessidade de mudar hábitos, controlando a quantidade e a qualidade da alimentação. Mas, por que isso é tão difícil? Por que tantas pessoas que desejam emagrecer não conseguem seguir adiante ou manter essas mudanças por muito tempo?
A verdade é que as emoções estão diretamente ligadas aos hábitos alimentares – e, consequentemente, na maioria dos casos, ao excesso de peso. Muitas vezes, a alimentação é usada com o objetivo de calibrar emoções, sejam elas positivas ou negativas. Por isso é comum que pessoas comam quando se sentem tristes, para se premiarem por alguma conquista, como pretexto para convívio social, por estarem ansiosas, entre outros.
Ainda que a comida seja fonte de prazer, é preciso saber identificar quando ela vem sendo usada como mera válvula de escape; como um meio fácil e imediato de “compensar” algum descontentamento, por falta de outras estratégias para lidar com o que se está sentindo.
A ansiedade crônica e os quadros depressivos podem, inclusive, agravar este comportamento de “comida como compensação”, levando à ingestão alimentar compulsiva, como a Bulimia e a Síndrome de Ingestão Noturna, entre outros distúrbios alimentares, que têm sua origem em algum desajuste das emoções – seja consciente ou não.
Para combater a obesidade, além das mudanças alimentares e do tratamento médico e nutricional, para muitas pessoas é importante também o acompanhamento psicológico. A psicoterapia ajuda a traçar objetivos realistas adequados às singularidades de cada um, para que se possa lidar com as emoções e controlar a ansiedade, tirando o foco da alimentação.
A Psicologia promove autoconhecimento e estimula as mudanças comportamentais que levem a um estilo de vida mais equilibrado, física e emocionalmente, de modo que comer seja, sim, fonte de um prazer saudável, mas sem que as emoções precisem pesar nem na balança, nem na saúde.
